Forças de atrito

Considera um caixote em repouso ao qual aplicas uma força de intensidade sucessivamente maior, para arrastares sobre uma superfície. Poderás verificar que, enquanto a força aplicada não for suficientemente intensa, o caixote permanece em repouso. 


Porque o caixote não se move?

Inicialmente, actuam no caixote duas forças: o peso e a reacção do solo, cuja resultante é nula. Há equilíbrio estático e o caixote está em repouso.
Se quando aplicas no caixote uma pequena força ele não se move, podes concluir que a resultante das forças continua a ser nula. Para isso, tens que admitir que passou a existir simultaneamente uma força oposta. Trata-se de atrito, exercida na superfície de contacto entre o caixote e o solo.
Aumentando lentamente a força fm,a força de atrito aumenta também, permanecendo o caixote ainda em repouso.
A força de atrito que é necessário vencer quando queremos pôr em movimento um corpo que está parado sobre uma superfície chama-se força de atrito estático. 

- A partir do momento em que a intensidade da força aplicada atinge um certo valor, o movimento inicia-se. Isto significa que a força resultante deixa de ser nula porque a força fm é superior à força de atrito. Deixa de haver equilíbrio de forças.
Mal o movimento se inicia a força de atrito diminui e não aumenta mais; quanto maior for a força, maior é a força resultante, tornando-se a aceleração do corpo cada vez maior. 
A força de atrito que é necessário vencer durante um movimento de um corpo chama-se força de atrito cinético, este é sempre menor do que o atrito estático. 

 

Quando deixmos de exercer força, o caixote acaba por parar. Isto acontece porque a força de atrito que se opõe ao movimento, continua a existir enquanto o corpo se mantiver em movimento.

De que depende a intensidade das forças de atrito:
- da aderência entre as superfícies;
- do peso do corpo que se move.

Quanto mais rugosas forem as superfícies em contacto, maior é a força de atrito.

Quanto maior for o peso do corpo que se move maior é a força de atrito 

A força de atrito não depende da área da superfície de contacto

É importante reduzir o atrito para facilitar o movimento dos corpos.
O atrito também é muito útil, se não existisse atrito, não poderíamos andar a pé nem em qualquer meio de transporte. O movimento, depois de iniciado, permanecia indefinidamente. Seria impossível parar.
Para tornar o movimento mais seguro recorre-se a processos que aumentam o atrito.
ex: o relevo dos pneus dos automóveis permite aumentar o atrito, aumentando assim a aderência.

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